É cada vez mais comum ouvir relatos de pacientes que convivem com dor facial, cefaleia, tensão mandibular e outros sintomas relacionados à DTM (Disfunção Temporomandibular). Muitos acreditam que basta o uso de uma placa oclusal para resolver o problema — mas a ciência atual mostra que essa é uma visão limitada.

A DTM não é uma condição isolada. Ela é o reflexo de um sistema corporal e emocional sobrecarregado, e tratá-la apenas com um dispositivo é o mesmo que silenciar um alarme cobrindo o alto-falante — o som para, mas a causa permanece.

O que realmente está por trás da DTM e do bruxismo:

A Disfunção Temporomandibular envolve músculos, articulações, nervos e até o sistema nervoso central.
Entre as causas mais comuns estão:

• Estresse e ansiedade crônicos, que mantêm os músculos faciais em constante tensão;
  
• Bruxismo de vigília, que é o hábito inconsciente de apertar os dentes durante o dia;
  
• Alterações posturais e respiratórias;
  
• Distúrbios do sono;
  
• Desequilíbrios oclusais e hábitos parafuncionais.

Portanto, tratar apenas com uma placa é abordar o efeito, e não a origem do problema.

O papel da placa oclusal:

A placa miorrelaxante continua sendo uma ferramenta importante — mas como parte de um plano terapêutico mais amplo. Ela atua reduzindo a sobrecarga articular e muscular, protegendo os dentes e aliviando sintomas imediatos.

No entanto, quando usada isoladamente, sem uma avaliação funcional e comportamental, o tratamento tende a ser temporário e incompleto.

O tratamento funcional e interdisciplinar:

O verdadeiro tratamento da DTM começa com uma anamnese detalhada e exame clínico minucioso. O dentista especialista deve compreender o paciente como um todo: seu histórico emocional, hábitos diários, sono, alimentação e postura.
Em muitos casos, o plano terapêutico ideal envolve uma equipe multidisciplinar, com:

• Fisioterapeutas, para reequilíbrio muscular e postural;
  
• Psicólogos ou terapeutas, para manejo do estresse e controle do bruxismo de vigília;
  

• Médicos especialistas, quando há comorbidades associadas.

Essa abordagem integrada é o que chamamos de odontologia funcional, que entende o paciente como um sistema — não apenas um conjunto de dentes.

A importância de estar atualizado:

A DTM é a ponta do iceberg: o que aparece é a dor, mas o que está por baixo é um desequilíbrio físico e emocional.

Na Clínica Ortopretti, trabalhamos com uma visão moderna e interdisciplinar da odontologia, aliando tecnologia, diagnóstico funcional e cuidado humano para devolver qualidade de vida e conforto aos nossos pacientes.

Tudo começa na mente e termina no masseter — e o tratamento eficaz começa com o olhar completo.

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